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01-04-2003

Nova cassete


Editorial

Editorial Nova cassete Nós ouvimos e ficamos estupefactos. Nós lemos e ficamos de nariz ao lado. Nós vimos e nem queremos acreditar. E o que ouvimos e lemos e vimos? Políticos a debitar palavras descartáveis, senão ódios de estimação. Um pouco por todas as tribos partidárias. Hoje, centremo-nos numa tirada em que da cartola saiu um Coelho a dizer esta coisa que dá que pensar efectivamente. Falando no auditório da Associação de Futebol de Braga, Jorge Coelho disse isto, sem lhe corar a face ou voar-lhe um cabelo. Tudo muito natural: “passados seis meses de tomada de posse do governo da direita, os portugueses dão mostras de começarem a ficar fartos dele”. Não sabemos se será exactamente isso que os portugueses, com dez cêntimos de bom senso e de brio, sentem lá bem no fundo. E também não sabemos se os portugueses estão é fartos do PS, ou melhor de alguns atiradores socialistas, que não há meio de enterrar os machados de guerra aberta. Paulo Portas é o ministro da Defesa que encontra pela frente um pelotão com a arma mais mortífera: a suspeição que é um saco de penas na comunicação social. De tal modo que é quase um pelotão de fuzilamento. O que sabemos claramente é que o país não gosta, nem pode gostar, que os políticos, eleitos pelo povo para trabalharem a favor do país, percam imenso tempo, dias, meses, anos, em frenesins patéticos que não levam a lado nenhum. Pelo menos, a lado nenhum que tenha as balizas da bondade. Não será bom para o país a queda de um governo, e no fundo é isso que o PS quer a todo gás, o que não fez enquanto foi governo, para equilibrar as finanças, por exemplo. Mãos largas que costuma ser, distribuiu o que tinha e já não tinha. O que sabemos é que os políticos gastam o bestunto estupidamente em guerras mesquinhas partidárias, esquecendo o país, os problemas do país real, como o interior sem acessos e sem a satisfação das necessidades básicas no que toca a água e saneamento, passados doze anos sobre o primeiro quadro comunitário de apoio. Tocam guitarra e cantam a balada do quanto pior melhor, esquecem o pacto de estabilidade que obriga Portugal a reduzir as contas públicas, não avançam com seriedade para um pacto de regime de modo a que esta republicazinha de trazer por casa ou ao sabor dos gostos e apetites de cada um, sem vislumbrar outros horizontes mais abertos, saia das encruzilhadas ou dos buracos, onde os políticos nos meteram. No momento, a tribo do PS é paradigma do que afirmamos como noutros tempos se calhar foram outros, também pedindo inquéritos, insinuando demissões. Nenhuns estão de maõs limpas, embora houvesse alguma diferença: houve um pouco menos barulho e charlatanice. Mas há que mudar de cassete. Antigamente era a do PCP, agora há outras. Infelizmente, a música sempre igual e roufenha já dói. O PS pisa e repisa e que constrói? Talvez nada. Pedras há muitas, alicerces para qualquer obra segura não se vêem. E Jorge Coelho, perito em tirar coelhos da cartola, até afirmou que “ o país vive uma crise política muito grave”. Nem queremos acreditar que, por debaixo da cartola, a memória já tenha voado... Questões, colocadas de modo sério, que mexem com os nossos bolso ou com o futuro dos nossos filhos, não estão na agenda da esquerda. O importante é pressionar a justiça no caso de Paulo Portas ou atirar bolas de berlim ou balas de borracha quer seja contra o ministro, realmente incómodo para a esquerda, quer seja contra a P.J.. O importante é pressionar o próprio presidente da República. No momento, querem trazer Jorge Sampaio para a sua guerra que não tem nada de limpo nem nas munições (suspeitas e suspeições), quando deviam travar outras lutas, com a maioridade que se lhe reconhece. O PS diz estar preocupado com a imagem do país... Estará mesmo? Talvez fosse melhor que se preocupassem mais com o triste espectáculo que estão a dar ao país e ao mundo. Além disso, a cassete de tão repetitiva, já cansa e a música desacredita os encenadores ou os cantadores. É melhor mudar de disco e trazerem ao país algo de construtivo e de edificante, conselho que, sem presunção, desejo extensivo a todos os políticos deste reino de tantos loucos para um país tão pequeno, esquecendo-se por isso que todos conhecem os podres de uns e de outros e tantos que nem tanta água e mar conseguem lavar de pronto. (3 Out / 17.07)

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